Jornalista formado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), que desde 1992 contribui com o cenário da música pesada. Este blog foi criado para que as resenhas dos vídeos do meu canal no YouTube fossem adaptadas para a escrita, assim agregando um novo público. Sejam bem vindos! YouTube: João Messias Jr.
quarta-feira, 31 de julho de 2024
Cigarras: Fumódromo (2024)
quinta-feira, 25 de julho de 2024
Paradise Lost: Draconian Times (1995)
Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
Só que o tempo passou e com isso as mudanças vieram. A verdade é que desde "Gothic", o quinteto apresentava sutis mudanças no direcionamento, que em "Draconian Times" vieram de forma avassaladora, representando um fim de ciclo com o cenário do metal da morte por uns tempos.
Além da sonoridade diferente, a banda apresentou um novo baterista, Lee Morris, talvez o melhor músico que passou pela banda nesse instrumento, por ter uma pegada mais solta, mais "rock", soando como os grandes "batuqueiros" da época como Tommy Lee (Mötley Crüe), Rikki Rocket (Poison) e Lars Ulrich (Metallica).
Voltando ao álbum, ele tem início com Enchantment, que começa com teclados e coros, que abrem espaço para a principal mudança do grupo, as vozes limpas do vocalista Nick Holmes, que lembram em muitos momentos a voz de James Heitfield do Metallica.
Hallowed Time é digamos, o primeiro hit do álbum que lembra o anterior "Icon", só que com grooves diferentes e uma vibe bem gothic/pop 80, com ótimas guitarras e vozes instigantes. The Last Time é a música que definitivamente fez os caras explodirem. De fácil assimilação, levada irresistível e que refrão meu amigo. Um "pop disfarçado de metal".
Forever Failure retoma o pique mais melancólico além de climas etéreos, mas nada que lembre os primeiros dias do grupo. Once Solemn é mais um som que rompe com o passado e com certeza assustou os puristas. Som direto e explosivo, lembrando Holier Than You (mais uma vez), daquele grupo que teve Dave Mustaine e Jason Newsted.
Shadowkings é outra com jeitão de hit, recheada de peso e melancolia, além de um pique de arrastar multidões, graças ao jeitão pop de ser. Elusive Cure é lúgubre e pesada, sendo um momento mais calmo e introspectivo, lembrando a clássica True Belief. Yearn for Change é um hard rock mais denso em especial as guitarras, e tem mais a ver com Alice In Chains do que o antigo Paradise Lost.
Shades of God soa soturna e mais contemporânea, enquanto Hands Of Reason apresenta uma bateria "mandando brasa", até chegar nos vocais, que mais uma vez nos conecta com "Icon", e ganha uma levada mais lenta e arrastada.
I See Your Face possui linhas de voz irresistíveis e um instrumental que a exceção das passagens mais "tristonas",é de tirar o fã do sofá, em mais um apice do CD. Jaded encerra o álbum de forma acústica e deprê, um momento de baixa adrenalina, talvez para situar o leitor que estamos diante de um grupo soturno que meteu as caras ao ousar e lançar um álbum definitivo chamado Draconian Times.
Link da resenha no YouTube: https://youtu.be/5RkdlvEUkSU
Cauterization: Id Katharsis (2017)
sábado, 20 de julho de 2024
Entrevista com Guz69 (Metal Open Mind)
Acompanhem a entrevista pelo YouTube:
https://youtu.be/-n98ybocG0M
sexta-feira, 19 de julho de 2024
Nervochaos: Legion of Spirits Infernal (2002)
Por João Messias Jr
Imagem: Divulgação
Legion of Spirits Infernal é o segundo álbum dos caras e ele marca uma espécie de transição. Largando aos poucos o elemento "core" e ficando mais extremo, porém mantendo uma de suas marcas registradas até hoje: os "gang vocals".
Cold Feelings da início ao massacre dessa nova fase, com tudo mais "pesado e malvado", enquanto Envy soa veloz e agressiva, como um murro no nosso peito, além de chamar a atenção pelas palhetadas mortais, com muito groove e os já citados "gang vocals".
Conventional Lives é mais hardcore/grindcore e muda de direcionamento sem perder a essência extrema. Our Fury é aquele momento "a hora do mosh", onde se evidência algo muito legal que acompanha a banda até hoje: a divisão de vozes.
Speechless possui uma levada pesada, cadenciada e soa mais thrash em muitos momentos, enquanto Repulsive World é bem visceral. Satanic Domain é dona de muito groove e possui uma levada bem cavala de bateria, além de solos digamos, lisergicos.
Let the Bible Burn sintoniza muito bem o que os caras fazem hoje, pois é bem extrema. Já Upside Down Crosses mixa thrash e death, com uma rifferama bem consistente e mudanças de ritmo bem sacadas. Mortal Decay é brutal e coesa.
When the Mask Falls Down é trampadona e extrema, que abre caminho para Those Behind the Light é mais um momento insandecido do grupo. A faixa título, que é a mais longa do CD, beirando os quatro minutos, se destaca pelas morbidez e um ótimo trabalho de guitarras.
Pure Hemp encerra o trabalho, que além de ser uma das músicas mais viscerais da banda (inclusive os vocais são mais pig squeals) é um dos maiores clássicos da banda. Som que deve ser executado até hoje nos shows do "nervo".
Além do track normal, o álbum conta com algumas músicas da antiga formação, que tinha o vocalista Marcelo "Gordo" (já falecido), que torna "Legion of Spirits Infernal" ainda mais especial e marcante.
Olhando para trás, a decisão dos caras em romperem com o Siegrid Ingrid em 1996 mostrou-se mais que acertada.
Link da resenha no YouTube:
segunda-feira, 15 de julho de 2024
Kurgaall: Satanization (2018)
domingo, 14 de julho de 2024
Rock and Roll se comemora todos os dias
Por João Messias Jr.
O dia 13 de maio possui um sentimento muito especial para este que escreve essas linhas. Essa data marca o meu primeiro passo de guinada na vida profissional, mas isso é assunto para o futuro. Voltando a falar no tema do texto, é gratificante saber que a música que tanto amamos possui uma data específica, só que para que essa engrenagem continue girando, temos de cumprir com nossos "deveres". Deveres que passam bem longe de ser uma cartilha
O primeiro e óbvio é acordar escutando música boa, seja os clássicos ou algo mais contemporâneo, sem ligar alto para atormentar os vizinhos e familiares e nem encher a cara de cana e brigar com nossos entes.
Temos de começar o nosso dia, vendo o YouTube, CD, vinil, K7, não importa o formato propagando música boa ao universo. Conhecer novas bandas, prestigiar shows underground, pois são elas que realmente precisam do seu apoio. Compartilhar as novidades que conhece com seus colegas também é importante...
... E passadas três décadas, ainda me amarro muito em conhecer novas bandas, graças ao metal archives pode se fazer isso dentro de casa, sem precisar ir a banca de jornal ou biblioteca, ou seja, tudo está em nossas mãos.
Encerrando, baseado em 1970, quando o marco zero do metal foi iniciado com o primeiro álbum do Black Sabbath, que não é novidade pra ninguém que deixaram o caminho bem pavimentado e cabe a cada um de nós, continuar essa trilha fazendo as coisas de forma correta.
sexta-feira, 12 de julho de 2024
Entrevista: Alan Luvarth
Sexta feira é dia de entrevista no canal e hoje o papo será com um dos caras multitarefas do cenário. Falo de Alan Luvarth, que atua como músico na Impure Essence, redator na Lucifer Rex, além de possuir um selo, a Black Seal Prod. A conversa ronda por essas atividades onde o entrevistado atua e muito mais. O vídeo ainda conta com a participação de Reinaldö Steel, que convida toda a comunidade para a primeira edição do "Na Lâmina da Foice Fest".
segunda-feira, 8 de julho de 2024
Mávra: First Recordings (2018)
Por João Messias Jr.
Por nome, talvez o ouvinte não conheça, mas se eu disser o nome do mentor deste projeto, as coisas ficarão mais claras. Trata-se de mais uma empreitada do músico Fernando Iser, conhecido no cenário por bandas como Lalssu, Malediction 666 e Morte Negra.
Diferente das empreitadas citadas acima, o Mávra bebe nos primórdios do estilo, como Black Sabbath, Candlemass, Mercyful Fate e Coven, ou seja, o melhor do que hoje se chama de "Occult Rock". Outro aspecto que chama a atenção é o aspecto "secreto" deste trabalho. Pois foram disponibilizadas apenas 66 cópias deste trabalho, onde quem tem, é um felizardo.
Contando com seus faixas, ele tem início com a intro Follow the Scriptures, que é assombrosa e horripilante. The Awake of Old Witch, que começa com um dedilhado lúgubre e possui inspirações vocais a lá Mercyful Fate, sem cair nos exageros.
Transport the Plague é outra intro baseada com climas orientais e macabros. A Coffin Inside The Ship é pesada e lisergia que remete o ouvinte ao "Sabazão", ou seja, tudo é denso e carregado.
Blame It on He é pra lá de climática e Mr. Carter é a melhor do EP, com referências do heavy rock, sem deixar de soar "oculto", com destaque para os momentos mais agressivos, fazendo uma conexão com o lado mais visceral do músico.
Um ótimo cartão de visitas que bate muito material "full" e espero que Fernando Iser grave mais coisas com o Mávra, ainda mais que essa vertente do metal está tão em voga nos dias atuais.
Link da resenha no YouTube:
https://youtu.be/j9IFhuSIzCI
Blood Ocean: Sublime Apocalypse (2024)
Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
Assim como o antigo grupo, investem no thrash, mas com uma vibe mais atualizada, sem abrir mão do passado e com os olhos para futuro, como a faixa título, que conta com ótimos riffs inclusive. Já Dew Scent é pesadíssima e com uma levada mortífera.
Reality of Fiction já é mais moderna, densa e cadenciada, além de um refrão de impacto, cuja referência imediata é o Machine Head. Stars With You mostra toda a criatividade da banda, cujas nuances lembram o saudoso Threat.
Bleeding Ocean é bem inspirada naquele thrash do fim dos anos 80 e início dos 90. Com um instrumental bem trabalhado e vozes cruas, só que com um refrão moderno, que ficou bem interessante. Fabulous Impact é bem agressiva, inclusive com uns guturais, que aos poucos ganha elementos mais cadenciados e pogantes.
CA Swedish é um instrumental com cheirinho de Testamento graças aos climas trabalhados, só que com uma timbragem atual, o que deixou tudo bem legal, inclusive nos solos, bem Iron Maiden. Humanity vem como um rolo compressor, com um refrão inusitado e partes cadenciadas para dar um refresco. Poison Soul é bem Slayer e Pain é mais um momento modernoso, inclusive com aqueles "apitinhos".
World in Silence é uma hecatombe em forma de thrash, com muitas quebras de ritmo, baixo "gordão", ótimos solos e um sentimento nostálgico, mesmo nas passagens mais modernas.
Resumo da ópera: os caras estrearam muito bem e aparentemente a galera não descansa e que, após algumas mudanças de formação, com a entrada do baixista Anderson Mattiello e o vocalista Ricardo Viola regravaram Poison Soul e o resultando em mais peso e coesão, nos animando para futuros lançamentos dos caras.
Link da resenha no YouTube:
Screams of Hate: Nomad (2024)
Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
terça-feira, 2 de julho de 2024
Shaytan: Occult Aeon (2024)
Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Mesmo com poucos registros, a banda possui algumas histórias legais, como ter participado de uma edição do "Setembro Negro" e por ter sido integrante de uma coletânea virtual lançada pelo selo Satanic Hellbangers Records, lançada em 2023.
Depois do caminho pavimentado, o momento de lançar o debut chegou e ele veio na forma de "Occult Aeon". Disponivel apenas no streaming por enquanto, chama a atenção de cara pela bela capa feita pela Inkcreations Artwork, que situação bem o camisa preta na proposta da banda e pela boa produção, que deixou tudo ríspido e agressivo, sem soar embolado.
Night of Sacrifice abre o álbum e chama a atenção pelas partes voltadas ao death e pelos momentos "tortuosos" que ecoam na canção. I am The Hellfire, que é a faixa presente na coletânea citada linhas acima começa bem trabalhada, clima agonizante e ótimas linhas de baixo.
Naturon Demonto é visceral onde se imagina uma luta de boxe, onde o oponente é massacrado impiedosamente nas cordas, enquanto The Possession tem um pique bem brutal e vocais em ar de evocação, além de muita morbidez. Vengeance Honor Blood tem um pique mais death metal, ritmo quebra pescoço, sem abrir mão da veia black, em especial nas vozes de Blasphemoon.
All The Hope Is Gone é mais um momento que se caracteriza pela morbidez e partes trabalhadas, sendo uma linha que os caras deveriam investir mais no futuro. Mysterium Baphomets Revelatum começa lenta, com mais uma ótima linha de baixo até retomar a pancadaria. Abyssal Voices è bem death metal old school.
The Thrice is Greatest to Ninningal é a última do álbum que se trata de um cover do Absu e comparando com a original, a versão dos brazucas soa mais poderosa, creio que por ter uma gravação melhor e com certeza terá a aprovação de Proscriptor Mc. Govern (ex-integrante do Absu).
Além do track normal, o trabalho vem com as faixas do EP "Ancient Shadows" remasterizadas, o que permite o fã sacar bem a evolução do grupo, que embora não tenha mudado a proposta musical, soa melhor e mais coeso nos dias atuais.
Uma boa estreia e espero que os caras se animem em lançar esse trabalho no formato físico, pois quem é fã do estilo, curtirá em cheio o que o Shaytan concebeu em "Occult Aeon".
Resenha do álbum no YouTube:
https://youtu.be/FcSGbxqumIU
Institution: O Grande Vazio (2024)
Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
Dirty Grave: Sin After Death (2019/2024)
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