Por João Messias Jr
Imagem: Divulgação
Legion of Spirits Infernal é o segundo álbum dos caras e ele marca uma espécie de transição. Largando aos poucos o elemento "core" e ficando mais extremo, porém mantendo uma de suas marcas registradas até hoje: os "gang vocals".
Cold Feelings da início ao massacre dessa nova fase, com tudo mais "pesado e malvado", enquanto Envy soa veloz e agressiva, como um murro no nosso peito, além de chamar a atenção pelas palhetadas mortais, com muito groove e os já citados "gang vocals".
Conventional Lives é mais hardcore/grindcore e muda de direcionamento sem perder a essência extrema. Our Fury é aquele momento "a hora do mosh", onde se evidência algo muito legal que acompanha a banda até hoje: a divisão de vozes.
Speechless possui uma levada pesada, cadenciada e soa mais thrash em muitos momentos, enquanto Repulsive World é bem visceral. Satanic Domain é dona de muito groove e possui uma levada bem cavala de bateria, além de solos digamos, lisergicos.
Let the Bible Burn sintoniza muito bem o que os caras fazem hoje, pois é bem extrema. Já Upside Down Crosses mixa thrash e death, com uma rifferama bem consistente e mudanças de ritmo bem sacadas. Mortal Decay é brutal e coesa.
When the Mask Falls Down é trampadona e extrema, que abre caminho para Those Behind the Light é mais um momento insandecido do grupo. A faixa título, que é a mais longa do CD, beirando os quatro minutos, se destaca pelas morbidez e um ótimo trabalho de guitarras.
Pure Hemp encerra o trabalho, que além de ser uma das músicas mais viscerais da banda (inclusive os vocais são mais pig squeals) é um dos maiores clássicos da banda. Som que deve ser executado até hoje nos shows do "nervo".
Além do track normal, o álbum conta com algumas músicas da antiga formação, que tinha o vocalista Marcelo "Gordo" (já falecido), que torna "Legion of Spirits Infernal" ainda mais especial e marcante.
Olhando para trás, a decisão dos caras em romperem com o Siegrid Ingrid em 1996 mostrou-se mais que acertada.
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