quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Muzzarelas: Beer and Destroy (2021)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Beer and Destroy é (infelizmente) o último álbum do Muzzarelas, que para aqueles que não conhecem, foi formada em 1991, lançou vários álbuns e participou de  um bom número cd coletâneas, se apresentou por muitos cantos e talvez se fosse uma banda gringa, teria colhido maiores frutos, mas pelo menos o quinteto pode se orgulhar de terem deixado um legado de orgulho.

Donos de um som híbrido, que tem base no hardcore, mas que bebe muito no punk rock, hard rock, thrash metal e crossover, fizeram um álbum póstumo digno de elogios. Tendo como base sons energéticos e feitos para serem executados ao vivo, o CD começa com a faixa título, dona de uma rifferama thrash, batidas secas e muitos coros. Teenage Anticristo segue os compassos tradicionais do punk 77. 

Beer Before Dishonor possui uma levada irresistível de guitarras, que contagia de cara, além de uma pegada mais cadenciada. Shit Fight carrega uma rifferama infernal e Stage Invader é bem pesada com baixão marcante que se transforma num hardcore visceral e backings bem sacados. Ratburgerking é aquele punkão de primeira, mas feito na linha da banda, onde duas coisas chamam a atenção: a vibe dançante e vozes de fundo a lá Johnny Rotten (Sex Pistols), que ficaram sensacionais.

Everyday is a Holiday capta logo de primeira, enquanto In The Beak Of The Crow é puro Hard inspirado em Alice Cooper e I don't Wanna be With You Tonight é um poppy punk irresistível. Já Chocolator mete o pé no peito do ouvinte e Fuck You, Gimme Bear, Let's Dance faz nossos braços e pernas se mover de forma instantânea.

Smegma Boy, assim como o nome é uma das mais estranhas do álbum. Pois recebe muitas referências do metal tradicional, só que "cantada pelo Johnny Rotten", que ficou estupenda. Arriba Cerveja é uma divertida vinheta que encerra o álbum no maior alto astral, onde refletimos por que uma banda como Muzzarelas não teve melhor retorno (financeiro) na carreira.

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terça-feira, 29 de outubro de 2024

Dead Fish: Labirinto da Memória (2024)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Uma das promessas feitas para 2024 no canal (e por consequência no blog)foi abrir um pouco mais o leque a outros estilos musicais. Nos últimos vídeos falamos de stoner, doom, thrash e black. Para essa semana, o papo será sobre hardcore e nada mais justo do que falar de uma das bandas mais representativas do cenário atual: Dead Fish.

Formada na década de 1990, no Espírito Santo, já chamava a atenção no cenário independente por meio dos primeiros álbuns "Sirva-se" e "Sonho Médio", o que motivou a banda vir a São Paulo e trilhar uma trajetória vitoriosa, com shows no país inteiro. Outro ponto glorioso do hoje quarteto foi ter assinado com a gravadora DeckDisk e lançaram para muitos, o melhor trabalho da carreira, "Zero e Um" (2004).

Após duas décadas desse apice, os caras continuam por aí mostrando seu som aos quatro cantos do país, tendo como obra mais recente, "Labirinto da Memória" (2024), que tem como enredo memórias afetivas do vocalista Rodrigo Lima (único remanescente do início da banda), que fazem desse álbum, um disco pesado e intenso, sem abrir mão da pegada característica, é claro.

Adeus Adeus inicia a nossa audição, fazendo um elogio entre as escolas tradicional e melódica do estilo, enquanto Dentes Amarelos soa mais como o alternativo da década de 1990. 49 é aquele som que você imagina o da colado na grade vociferando as letras da canção. Avenida Maruípe é mais retona e hardcore.

Interrupção é pesada e caótica, com partes lentas pra lá de interessantes. Já Estaremos Lá é um som mais tradicional e Aos Poucos é um dos pontos altos do trabalho, com vozes lentas, dobras de guitarra, em uma levada bem irresistível e Criança Versus Criança é bem brutal (para os padrões da banda).

A faixa título é uma das mais diferentes e interessantes aqui, pois é bem modernosa e cheia de quebras de ritmo e vozes melancólicas. 11 de Setembro é um som de show, que tira todo mundo do chão. Bolero é um hardcore veloz e frenético, com um refrão bem oitentista. Divino Caos se destaca por ser bem agressiva e uma letra pra lá de reflexiva. Você Conhece Pistoia? é a mais curta e estranha do álbum. Com cerca de dois minutos, possui um pique experimental e vozes discursadas, encerrando o álbum de forma estranha.

Apesar do experimentalismo desnecessário da última faixa, "Labirinto da Memória" é mais um capítulo brilhante da história da banda, que com certeza difundirá ainda mais o nome do Dead Fish no país inteiro.

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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Absyde: The Atheist (2023)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

O ano era 1996, que além de ter marcado o início da minha caminhada como funcionário CLT, é a época que começava a trajetória do Absyde, banda do ABC paulista que tive a felicidade de acompanhar diversas fases dos caras. Desde os primeiros dias de power trio, cujas demos "Damned Souls" e "Hate And Blasphemy" foram bem difundidas no circuito.

Após uma pausa, a banda veio reformulada e soltou um ótimo debut em 2017,  "Atrocities in The Name Of..." e seis anos depois solta seu melhor material, "The Atheist", que marca mudanças profundas no som. Talvez a mais sentidas fiquem na voz, pois Eduardo "Boquinha" deu lugar a Vinícius Tonetto, que cuidou da diagramação do trampo.

Antes de falarmos no som, vale a pena citar a parte gráfica, que além do citado Vinícius, a arte da Brenda Cassimiro foi perfeita para o que a banda propôs no álbum. Outro aspecto a ser citado fica por conta da ótima produção, que ficou a cargo do Victor Prospero, que inclusive fez alguns shows com a banda.

Musicalmente a banda continuou na evolução, tendo como grande trunfo as melodias grudentas, tendo vários momentos para cantar junto, o que foi acertado no álbum. Intium Finis inicia o trabalho, mas é apenas uma intro climática, que abre caminho para Unfaithful, que chama a atenção pela variedade, climas trabalhados e climas pegajosos de guitarra. The Last Pride já é mais gélida, enquanto A Morte tem uma pegadinha. Começa com narrações e quando se pensa que será assim até o final, vem um som que é ultra grude, um black/hard sombrio e legal pacas.

The One Who The Nation Hates  é mórbida e cadenciada, onde o trampo de bateria é bem interessante, torturante no bom sentido, com vozes agonizantes e climas beirando o doom. From Crib to Bomba é aquele som que a vontade de agitar é imediata, enquanto In My Throat possui guitarras inspirados no black metal grego (Rotting Christ/Katavasia), cuja intensidade cativa logo de cara, graças aos climas pesados que e pegajosos.

The Laws of the Physical World é bem inspirada no doom/death noventista (Miasma/Pentacrostic/The Cross), só que mais lapidado e o álbum chega ao fim com deu$e$ não Existem, que é uma mescla da primeira e segunda fase da banda, cujo mix é algo visceral e intimidador, com um refrão mais lento e cheio de feeling.

Mais uma excelente evidência de que o nosso black metal é o melhor do mundo.

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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Mørk Visdom: Scourge in Flames The Lust Raised Swords Dethroned Holy Empire (2024)

Por João Messias Jr.
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São treze anos de estrada e este é o terceiro full dessa banda paulista, que investe no black metal sinfônico, ramificação da música maligna que foi bem popular nas décadas de 1990/2000, que teve como nomes mais relevantes And Oceans, Dimmu Borgir, Emperor e Cradle of Filth.

Lançado pela Gerunda Produções, "Scourge in Flames The Lust Raised Swords Dethroned Holy Empire" possui um ótimo projeto gráfico, uma boa produção e dois grandes trunfos: não soar pasteurizado ou inofensivo e injetar no som momentos da segunda onda do black metal (Mayhem, Burzum, Darkthrone).

Dividido em nove atos, o álbum começa com Prelude to Obscure Luciferian Art, que é uma intro macabra e hipnotizante, que abre caminho para Perpetual Symphonies of Chaos, que mescla vozes brutais , com um instrumental veloz e cheio de sinfonias, mesclado a partes densas e mórbidas.

Dethroned Holy Empire tem um jeitão mais cinematográfico, enquanto The Beauty  Of An Impure Demonic Lust é grandiosa como o estilo pede, com vozes agonizantes e uns toques de Immortal. Já The Obscure Enchantment The Luciferian Order começa ríspida e primitiva e aos poucos ganha a linha característica do sexteto.

Blood Rain Over Obscure Rituals in The Gloomy Forest é um dos momentos mais climáticos e agonizantes do álbum, com vozes desesperadoras e backings bem encaixados. Lucifer's Kingdom About Obscure Masses é assustadora, graças aos climas vampirescos e um final avassalador. 

Scourge In Flames Witch The Impure Legions Triumphs é repleta de teclados e blast Beats onde temos a certeza de uma coisa: a maldade. O trabalho chega ao final com All The End Of This Unholy Ritual, que se destaca pelo instrumental bem trabalhado.

Um ótimo registro da banda, que aos poucos ganha mais passos rumo a um maior reconhecimento e que tem tudo para ser um dos mais relevantes nomes do estilo no Brasil. A única coisa que eu mexeria aqui é diminuir um pouco do volume dos teclados, mas isso é gosto pessoal, pois me amarro mais em sonoridades com duas guitarras...

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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Dasta And The Smokin' Snakes: Get Wild or Get Gone (2019/2024)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Direto do nordeste temos uma das bandas mais surpreendentes que conheci neste ano e tenho a felicidade em resenhar: Dasta And The Smokin'Snakes.

Sendo mais preciso, vem do meu querido Rio Grande do Norte a banda capitaneada pelo vocalista/violonista Dasta Gomes, músico de uma considerável caminhada na música, que acompanhado de uma galera, soltou no ano de 2019 o full "Get Wild Or Get Gone", que em 2024 ganhou uma caprichada versão em vinil via Neves Records.

Mesclando músicas próprias e covers, o disco, (muito bem produzido por sinal) começa com You Hurt Me So já coloca o ouvinte no clima, graças ao clima dançante e vozes melancólicas. Miss Tay é aquele momento viagem total, enquanto If I Told You apresenta um ritmo mais veloz e um solo delicioso.

Bouquet Of Roses é aquele momento que quando se percebe, está dançando. Já Ain't Gonna Beg You No More é dona de uma guitarra marcante e King Of The Bop tem um refrão daqueles e Turn My Back On You você percebe que Dasta não tem do da gente e nós faz dançar sem parar.

In a Town é mais lenta, igualmente irresistível onde é possível se imaginar nos "bailinhos" com a pessoa amada. On The Hardwood Floor encerra o primeiro lado do LP no maior alto astral, graças ao refrão e backings bem sacados. How Long Will It Takes começa o outro lado do vinil de forma mais acelerada, com vozes mais cadenciadas e não menos legais 

Where There's A Will é mais um momento que sacudimos o corpo e gastamos nossos sapatinhos e Okie's in The Pokie você imagina Dasta falando ao público: "Já estão cansados? - Nós não" e manda mais um grude irresistivel, onde se constata que nossos melhores amigos após essa audição serão Dorflex e Gelol. Rock in Wild possui vozes mais altas e a faixa título encerra o track normal do álbum de forma fantástica, com um refrão daqueles e guitarras pra lá de envolventes.

O LP ainda contém versões alternativas das faixas You Hurt Me So, King Of The Bop e Where There's a Will que não deixam a peteca cair e mantém o nível estratosférico. Resumindo: um puta disco! Track regular, sonoridade redonda, uma música melhor que a outra e que com essa versão tem tudo para atingir mais pessoas. Vamos torcer.

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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Suco Elétrico: Se o Futuro Permitir (2016)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Ouvir esse álbum dos gaúchos me fez lembrar da década de 1990, nos meus primeiros dias do metal, mas com algumas ressalvas. Afinal, as revistas eram mensais e os programas destinados ao estilo, semanais, então o que tinha todos os dias era o destinado ao mainstream. E o rock alternativo estava vivendo um de seus ápices.

Se por um lado não assistia diariamente as minhas bandas favoritas, por outro, tive a chance de conhecer e gostar de formações como Sponge, Belly, Garbage, Alice In Chains, Soundgarden, entre outras. E é nessa vibe que os gaúchos do Suco Elétrico investem: música energética, irreverente e sem regras, nem formatos 

Contando com uma bela capa e ótima produção, o álbum começa com Canção do Futuro, que apresenta um ritmo cadenciado e pesado. Ao Contrário possui uma letra bem reflexiva e ótimos riffs. Já Cara de Pau é bem na vibe do rock dos pampas, com camadas densas e levadas mais dançantes.

Tênis apresenta muito peso e linhas mais minimalistas, enquanto A Bolha vai bem na vibe do Smashing Pumpkins e levadas bem hipnotizantes, encerrando o lado A de forma nostálgica. O segundo lado do vinil tem início com Eu Acho, que é bem contagiante. Dragão possui guitarras deliciosas, com uma dupla de músicos que realmente entendem do riscado 

A reta final do disco começa com O Amor Gentil, dona de ótimas levadas de bateria, além de ser o som perfeito para se desconectar do mundo. Relógio é mais um momento que remete o ouvinte a música tradicional gaucha e Só Sentia mescla momentos acústicos a outros etéreos/eletrônicos de forma perfeita, encerrando esse disco "digno de um dez".

Confesso que não conhecia o trampo do quarteto, e convido você "da poltrona" que não curte a mesmice do cenário a viajar no som do Suco Elétrico também.

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Warbound: Necrothrash (2024)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Falar do Warbound é relembrar os meus primeiros anos de metal e falar de uma das bandas mais legais que tive a oportunidade de ver e resenhar shows: o Bywar. Boa parte disso se deve a primeira demo dos caras, que até resenhei para um Zine que tive na década de 1990. 

O resto é história. A banda encerrou suas atividades e o mais legal de saber é que todos os músicos que fizeram história com a banda estão tocando. Warshipper, Deathgeist e a nossa resenha de hoje, o Warbound.

Após o fim do Bywar, os remanescentes, Hélio Patrizzi (baixo/vocal) e Enrico Ózio (bateria), juntaram forças com uma rapaziada que fez parte do Golem e após ajustes na formação soltaram 
Behind the Unreal, que foi uma ótima estreia, mas nada que se compare ao recém lançado Necrothrash.

Contando com uma ótima produção gráfica e sonora, coube aos caras "apenas" soltar o armamento bélico aos nossos ouvidos, cujo massacre tem início com The Decay of Time, que começa bonitinha, inspirada no "Bay Area" e aos poucos vai ficando visceral, cujo refrão é inspirado no black metal. A faixa título vem com aqueles riffs que colam na mente, enquanto Isolated in Chaos te chamar pro mosh.

Illumination é bem inspirada nas escolas antigas do black/death, e aos poucos é polvilhada com elementos thrash, enquanto Condemned in Fear é mais uma evidência porque  o estilo que consagrou nomes como Slayer, Kreator e Metallica continua forte após mais de quatro décadas. Me, My Self And the Hollow Spirit é bem trampada e ganha velocidade de forma abrupta, resultando em lesão aos nossos pescoços.

Fallen Kingdom e Omega são aqueles momentos de puro banging, onde você imagina a banda bradando aos fãs: "estão cansados? - nós não" e despeja mais thrash em nossas almas. Necrothrash se encerra com um cover do Bywar, Broken Witchcraft, que conta com a participação do ex colega de banda, Renan Roveran nas guitarras.

Foram cinco anos de espera, mas é até clichê dizer que valeu a espera e que Necrothrash estará nas listinhas de muitos bangers, além de nós deixar animados para os futuros trabalhos.

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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Savant: Savant Attack (2023)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação

Esse é o terceiro full do quarteto carioca, que em 2024 completou vinte e cinco anos de caminhada e podemos dizer que o quarteto vive o melhor momento da carreira. Lançado no ano de 2023, "Savant Attack" apresenta o que os caras fazem se melhor: um thrash mortífero, inspirado na escola americana, com toques modernos, que deixaram tudo "Classe A".

Antes de falar das músicas, o trampo gráfico é de impressionar. O CD vem no formato slipcase, com direito a pôster e um encarte bonito, na forma de HQ, num dos trampos mais chamativos deste ano, a cargo de Vinícius Shogun e Alex Genaro.

O massacre sonoro tem início com a faixa titulo, onde temos um show de guitarras cortantes e melódicas. One Step to Madness é visceral e com vozes no melhor estilo Vio-Lence, que usa o timbre mais natural. Stacked Time é o primeiro hit do álbum, com uma rifferama que te chama pro mosh.

Dark Fate é um momento de trégua ao pescoço, enquanto Until Your Face trás de volta o pique bate cabeça, onde mais uma vez as linhas de voz se destacam, justamente por não emular caras como Tom Araya (Slayer), James Heitfield (Metallica) e Dave Mustaine (Megadeth).

Rejected Prophecy é mais intrincada e veloz e Burden Visions temos o auge do álbum. Uma balada thrash, que conta com a participação da vocalista Fernanda Lira (Crypta). Numa bela interpretação, onde aposta numa interpretação mais limpa e melódica, que transborda emoção. Walk Alone
trás de volta o lance de bangers. Build Your Future é bem instigantes, com partes "vem para o mosh", assim como Before And After (Roads).

Cyber Scriptures, que encerra o álbum, começa bem inspirada no velho Sabbath, mas é só o começo. Depois temos momentos velozes e cortantes, muitas mudanças de andamento, além de um final de moer pescoços.

Um belo registro dos caras, mostrando que o thrash nacional pulsa muito bem. Um conselho que eu dou: ao invés de ficarem prestigiando bandecas que os integrantes não se bicam e se reúnem pela $, que tal dar uma oportunidade a bandas como o Savant?

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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

The Evil: The Evil (2017)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Hoje vamos falar de uma super banda brasileira, o The Evil, que tem na sua formação membros que figuram/figuravam em grupos como Sarcófago, Paradise in Flames, Pesta e Chakal. Com essas, digamos, credenciais, fica a questão do som. 

O quarteto é adepto do stoner/doom, que tem como referência as escolas musicais das décadas de 70/90, tudo bem pesado, atmosférico e dinâmico, como o trabalho auto intitulado que lançaram em 2017, que se destaca pela ótima produção e projeto gráfico.

The Evil (o álbum) começa com Voices From The Deep, que é uma intro influenciada pela música classica, que abre caminho para About None Guilty
dona de ótimos riffs, peso e vozes densas e viajantes. Screams vem cheia de efeitos especiais e clima hipnotizante, enquanto Sacrifice to The Evil One é uma espécie de lisergia pesada.

Satan II vem com vozes em narrativa e muita maldade e Silver Razor é cheia de Fuzz e vozes líricas de fundo que dão um contraste interessante. The Ancients, encerra o trabalho de uma forma bem cósmica e densa, soando como uma viagem aos planos inferiores.

Uma excelente estreia de uma banda que figura no hall das melhores bandas do estilo. No ano de 2021, soltaram o segundo álbum, chamado Seven Acts to Apocalypse, que muito em breve compartilharei algumas palavras com vocês.

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Dirty Grave: Sin After Death (2019/2024)

Por João Messias Jr. Imagem: Divulgação   São onze anos de estrada deste trio, que começou as atividades no interior de São Paulo e hoje est...