Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Falar do Warbound é relembrar os meus primeiros anos de metal e falar de uma das bandas mais legais que tive a oportunidade de ver e resenhar shows: o Bywar. Boa parte disso se deve a primeira demo dos caras, que até resenhei para um Zine que tive na década de 1990.
O resto é história. A banda encerrou suas atividades e o mais legal de saber é que todos os músicos que fizeram história com a banda estão tocando. Warshipper, Deathgeist e a nossa resenha de hoje, o Warbound.
Após o fim do Bywar, os remanescentes, Hélio Patrizzi (baixo/vocal) e Enrico Ózio (bateria), juntaram forças com uma rapaziada que fez parte do Golem e após ajustes na formação soltaram
Behind the Unreal, que foi uma ótima estreia, mas nada que se compare ao recém lançado Necrothrash.
Contando com uma ótima produção gráfica e sonora, coube aos caras "apenas" soltar o armamento bélico aos nossos ouvidos, cujo massacre tem início com The Decay of Time, que começa bonitinha, inspirada no "Bay Area" e aos poucos vai ficando visceral, cujo refrão é inspirado no black metal. A faixa título vem com aqueles riffs que colam na mente, enquanto Isolated in Chaos te chamar pro mosh.
Illumination é bem inspirada nas escolas antigas do black/death, e aos poucos é polvilhada com elementos thrash, enquanto Condemned in Fear é mais uma evidência porque o estilo que consagrou nomes como Slayer, Kreator e Metallica continua forte após mais de quatro décadas. Me, My Self And the Hollow Spirit é bem trampada e ganha velocidade de forma abrupta, resultando em lesão aos nossos pescoços.
Fallen Kingdom e Omega são aqueles momentos de puro banging, onde você imagina a banda bradando aos fãs: "estão cansados? - nós não" e despeja mais thrash em nossas almas. Necrothrash se encerra com um cover do Bywar, Broken Witchcraft, que conta com a participação do ex colega de banda, Renan Roveran nas guitarras.
Foram cinco anos de espera, mas é até clichê dizer que valeu a espera e que Necrothrash estará nas listinhas de muitos bangers, além de nós deixar animados para os futuros trabalhos.
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