Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Ouvir esse álbum dos gaúchos me fez lembrar da década de 1990, nos meus primeiros dias do metal, mas com algumas ressalvas. Afinal, as revistas eram mensais e os programas destinados ao estilo, semanais, então o que tinha todos os dias era o destinado ao mainstream. E o rock alternativo estava vivendo um de seus ápices.
Se por um lado não assistia diariamente as minhas bandas favoritas, por outro, tive a chance de conhecer e gostar de formações como Sponge, Belly, Garbage, Alice In Chains, Soundgarden, entre outras. E é nessa vibe que os gaúchos do Suco Elétrico investem: música energética, irreverente e sem regras, nem formatos
Contando com uma bela capa e ótima produção, o álbum começa com Canção do Futuro, que apresenta um ritmo cadenciado e pesado. Ao Contrário possui uma letra bem reflexiva e ótimos riffs. Já Cara de Pau é bem na vibe do rock dos pampas, com camadas densas e levadas mais dançantes.
Tênis apresenta muito peso e linhas mais minimalistas, enquanto A Bolha vai bem na vibe do Smashing Pumpkins e levadas bem hipnotizantes, encerrando o lado A de forma nostálgica. O segundo lado do vinil tem início com Eu Acho, que é bem contagiante. Dragão possui guitarras deliciosas, com uma dupla de músicos que realmente entendem do riscado
A reta final do disco começa com O Amor Gentil, dona de ótimas levadas de bateria, além de ser o som perfeito para se desconectar do mundo. Relógio é mais um momento que remete o ouvinte a música tradicional gaucha e Só Sentia mescla momentos acústicos a outros etéreos/eletrônicos de forma perfeita, encerrando esse disco "digno de um dez".
Confesso que não conhecia o trampo do quarteto, e convido você "da poltrona" que não curte a mesmice do cenário a viajar no som do Suco Elétrico também.
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