Jornalista formado pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), que desde 1992 contribui com o cenário da música pesada. Este blog foi criado para que as resenhas dos vídeos do meu canal no YouTube fossem adaptadas para a escrita, assim agregando um novo público. Sejam bem vindos! YouTube: João Messias Jr.
sábado, 27 de abril de 2024
Lord Amoth - The Last Funeral (2016)
segunda-feira, 22 de abril de 2024
Arbach - Left Hand Path (2015)
Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
Primeiro full dessa banda/duo goiana formada em 2004, que investe no black metal mais tradicional, com alguns momentos mais trabalhados. Antes de chegar no primeiro álbum, lançaram demos/splits/EPs, até o lançamento de "Left Hand Path", viabilizado pelos selos Diabolic Records, Impaled Records, Misanthropic Records, I Hells Productions e Ad Baculum Records.
O álbum abre com uma intro bem "sinistrona" que cede o caminho para a faixa título, que começa com bumbos velozes e vozes gélidas, com um clima bem tenebroso e alguns momentos mais cadenciados. Angel Of Faith and Light também começa metendo os pés no peito do ouvinte, mas vai ficando mais trabalhadas, com destaque para os riffs, bem ríspidos e um final avassalador.
Thirty Nine Lashes é veloz (e quase) um tributo a escola nórdica do estilo, só que como uma grata surpresa, recebe partes mais lentas e mórbidas sensacionais. I Am The Goat soa diferente das anteriores, por ser mais cadenciada, soando como uma evocação. Já The Warriors Of Pagan Empire começa com uma bateria bem bate estaca, vozes agressivas até receber momentos quase épicos e vozes bem agonizantes.
A reta final do disco começa com Lucifer's Reign, que é climática, sem abrir mão da agressividade, que se transforma em um arrasa quarteirão onde se imagina que deve soar matadora ao vivo. Steel and The Stone (The Book Of Satan), imaginamos uma guerra entre exércitos e um deles sendo executado de forma impiedosa, onde mais uma vez os momentos trampados se destacam.
The Hammer Of Heretics é a faixa que encerra o álbum com uma pegadinha. Nos faz imaginar que será uma faixa instrumental até que por volta dos dois minutos vem o vocal e um som com dinâmica visceral e cadenciada.
Para uma estreia em full, até que se saíram bem, mas com alguns detalhes que precisam ser melhorados. Em especial a bateria, que nas partes mais lentas e cadenciadas fica na média. Só que na hora da velocidade, soa bem repetitivo. Creio que são coisas que já devem ter sido aprimoradas. Pois após Left Hand Path, a horda já lançou um novo álbum e participou de splits e compilações.
Resenha do álbum no YouTube:
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Infernal Inquisition - Sob o Obsesso Ocaso Lunar (2015)
Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Assim como o Incarceration, o Infernal Inquisition é uma banda que iniciou suas atividades aqui no Brasil e hoje está no exterior, mais precisamente nos Estados Unidos. Iniciaram sua caminhada em 2007 e, desde então lançaram demos, singles, EPs e o então único Full da banda, "Sob o Obsesso Ocaso Lunar" lançado em 2015 pelos selos Sulphur Records, Misanthropic Records e Sphera Noctis Records.
Apesar de ter as características de um grupo de black metal mais tradicional, a música do Infernal Inquisition soa mais ritualística, pois embora soe agressiva e malévola, o objetivo principal dos caras é conquistar o ouvinte.
Dividido em duas partes, a primeira intitulada "Do Fétido Odor a Inexorável Serpente" se inicia com Mundos in Crypta, que é uma intro bem tétrica, que abre caminho para In Sepulto Cosmo Titânico, que tem a vibe ritualística, mesclando momentos mórbidos a outros mais viscerais, onde as vozes moribundas chamam a atenção, além do ótimo solo de guitarra.
Funesta Inocência Sufocada é raivosa, cuja fúria nos remete aos primórdios do estilo, que flertava com o rock and roll e o punk rock....mas, lembra da parada ritualística? Ela aparece aqui nos momentos mais cadenciados e trabalhados, até retomar o lado agressivo, que beira o death metal em alguns momentos.
Encerrando a primeira parte temos a lenta e mórbida Sobre a Águia e a Serpente, que ainda conta com vozes guturais e um clima bem desesperador.
A segunda parte, chamada "Vivos ao Fulgido Sarcasmo da Demência" começa com uma intro caótica e assustadora chamada O Berço do Exílio Solar Anti Humano. O som seguinte é a faixa título, que é lenta e com vozes doentias, possui um instrumental mais hipnótico, onde o caos impera, além de alguns momentos mais sinônimos.
Sórdida Cantos Ad Pazuzu começa bem doom com vozes mais guturais, até ganhar velocidade do grupo. O Algoz do Conhecimento é lenta e agonizante, unindo momentos mais viscerais, ate terminar de forma tétrica.
Uma ótima estreia, só que é importante dizer que faltou um maior esmero na qualidade da gravação, pois algumas passagens ficaram mais abruptas, mas nada que tire o brilho dos caras.
Resenha do álbum no YouTube:
segunda-feira, 15 de abril de 2024
Incarceration: Catharsis (2016)
Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Musicalmente estamos diante de um grupo que em teoria é rotulado de death metal, só que apesar das referências do metal da morte, recebe outras nuances, como o thrash e até o punk/hardcore da as caras, o que agrega personalidade e variedade no som.
Catharsis começa com The Beckoning, que é uma intro, que abre espaço para Evoking The Possession, que é bem agressiva e chama a atenção pelos vocais, que são berrados/gritados, ao invés dos guturais.
Devouring Darkness já é mais voltada ao thrash e ganha um surpreendente final mais hardcore, enquanto Internal Suffering é mais visceral e hecatômbica e soa como um murro no peito em quem está ouvindo o disquinho.
Chaos And Suffering começa meio que um thrashera bem trabalhada, com ótimos riffs/mudanças de andamento, que depois descamba para a violência sonora. Já Purification é uma espécie de interlúdio, que sugere um respiro aos nossos ouvidos e pescoços.
Obssessed by Death é pancadaria no melhor estilo death metal , onde é instantânea a vontade de agitar, com vozes mais vomitadas e que em seu decorrer recebe passagens thrash e um groove sensacional, enquanto Resignation é mais um interlúdio, só que acústico.
Into the Blackest Void é a mais longa do álbum, com quase oito minutos. Bem climática e cadenciada, possui momentos de puro transe e agonizantes, sendo a faixa mais diferente do disco e que encerra o trabalho.
Após Catharsis e algumas mudanças de formação, lançou um split e mais um EP, batizado "Empiricism", de 2021, então, já está no momento de soltarem novos materiais.
Resumo da ópera: temos uma rapaziada que em nenhum momento faz questão de soar clichê ou repetitiva graças a facilidade em transitar por outros estilos.
Link da resenha em vídeo:
https://youtu.be/slQOlvgMYYg
sexta-feira, 12 de abril de 2024
Chastain: In An Outrage (2004)
Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
terça-feira, 9 de abril de 2024
Ad Baculum: The Kingdom Bellow (2023)
Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
segunda-feira, 1 de abril de 2024
Carpatus: Magna Umbra (2023/2024)
Imagem: Divulgação
Para aqueles que não conhecem a banda, ela já possui seus vinte e cinco anos de estrada e está em seu quinto álbum de estúdio.
Magna Umbra, que numa tradução livre é algo como "grande sombra", é a mais recente obra da hoje one man band formada por Dizruptor (vocal/guitarra/baixo) - a bateria foi gravada por Jack Ferrante (Vulthum, Seventh Seal), aposta numa digamos "nova" vertente do black metal, o black metal progressivo, ao lado dos noruegueses do Djevel.
Mas que diabos seria isso? Apesar de uma música sombria, agressiva e obscura, recebe momentos complexos, bem construídos e produzidos, sem abrir mão da essência maléfica.
A descrição acima bate com Black Abyss is Calling, faixa de abertura do álbum, que possui um videoclipe legal e dinâmico. Em seguida temos Dreaming Visions Of The Apocalypse, que começa mais bombástica e possui uma atmosfera fúnebre, que chama a atenção pela morbidez e bateria extremamente veloz e variada.
Anoitecer Púrpura/At The Fading Light Of Last Dust começa bem melódica/arrastada, com vozes desesperadoras, soando como um rito de iniciação e, de uma forma marota, o som ganha momentos mais trabalhados.
Pelas Sombras do Vale da Morte: o lado mais veloz e extremo do álbum está de volta, onde mais uma vez digo: estamos diante de mais uma evidência de que o idioma não é barreira quando a música é boa. Voltando a falar da canção, a mesma possui momentos agonizantes, progressivos, tudo sobre uma aura ritualística.
Descente to Solitude é mais um momento do álbum que chama a atenção pelas mudanças de andamento, além de muitas partes cadenciadas e melodias pra lá de bem vindas, afinal, estamos diante de um disco de black metal progressivo.
Um caminho longo e sombrio é acústica, uma espécie de "outro", num belo momento de Magna Umbra, onde não sentimos o tempo passar e bate aquele sentimento de ouvir o álbum novamente. E caso você tenha a versão física: olhe detalhadamente para a capa e sentirá toda a atmosfera do álbum.
Link da resenha em vídeo: de
https://youtu.be/GKFivONL2-Ul
Dirty Grave: Sin After Death (2019/2024)
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