segunda-feira, 15 de abril de 2024

Incarceration: Catharsis (2016)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Tendo como pilar central  Daniel da Silva (baixo/guitarra/vocal), a trajetória do Incarceration é no mínimo interessante. Pois teve origem no Amazonas e tem suas raízes vindas de outra banda, o Mortificy e hoje está radicada na Europa, mais precisamente na Alemanha. Essa caminhada, que já tem quatorze anos,  gerou splits, EPs e o tão esperado debut chamado "Catharsis", de 2016 e lançado aqui no Brasil pela Misanthropic Records.

Musicalmente estamos diante de um grupo que em teoria é rotulado de death metal, só que apesar das referências do metal da morte, recebe outras nuances, como o thrash e até o punk/hardcore da as caras, o que agrega personalidade e variedade no som.

Catharsis começa com The Beckoning, que é uma intro, que abre espaço para Evoking The Possession, que é bem agressiva e chama a atenção pelos vocais, que são berrados/gritados, ao invés dos guturais.

Devouring Darkness já é mais voltada ao thrash e ganha um surpreendente final mais hardcore, enquanto Internal Suffering é mais visceral e hecatômbica e soa como um murro no peito em quem está ouvindo o disquinho.

Chaos And Suffering começa meio que um thrashera bem trabalhada, com ótimos riffs/mudanças de andamento, que depois descamba para a violência sonora. Já Purification é uma espécie de interlúdio, que sugere um respiro aos nossos ouvidos e pescoços.

Obssessed by Death é pancadaria no melhor estilo death metal , onde é instantânea a vontade de agitar, com vozes mais vomitadas e que em seu decorrer recebe passagens thrash e um groove sensacional, enquanto Resignation é mais um interlúdio, só que acústico.

Into the Blackest Void é a mais longa do álbum, com quase oito minutos. Bem climática e cadenciada,  possui momentos de puro transe e agonizantes, sendo a faixa mais diferente do disco e que encerra o trabalho.

Após Catharsis e algumas mudanças de formação, lançou um split e mais um EP, batizado "Empiricism", de 2021, então, já está no momento de soltarem novos materiais.

Resumo da ópera: temos uma rapaziada que em nenhum momento faz questão de soar clichê ou repetitiva graças a facilidade em transitar por outros estilos.

Link da resenha em vídeo:
https://youtu.be/slQOlvgMYYg

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