Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Musicalmente estamos diante de um grupo que em teoria é rotulado de death metal, só que apesar das referências do metal da morte, recebe outras nuances, como o thrash e até o punk/hardcore da as caras, o que agrega personalidade e variedade no som.
Catharsis começa com The Beckoning, que é uma intro, que abre espaço para Evoking The Possession, que é bem agressiva e chama a atenção pelos vocais, que são berrados/gritados, ao invés dos guturais.
Devouring Darkness já é mais voltada ao thrash e ganha um surpreendente final mais hardcore, enquanto Internal Suffering é mais visceral e hecatômbica e soa como um murro no peito em quem está ouvindo o disquinho.
Chaos And Suffering começa meio que um thrashera bem trabalhada, com ótimos riffs/mudanças de andamento, que depois descamba para a violência sonora. Já Purification é uma espécie de interlúdio, que sugere um respiro aos nossos ouvidos e pescoços.
Obssessed by Death é pancadaria no melhor estilo death metal , onde é instantânea a vontade de agitar, com vozes mais vomitadas e que em seu decorrer recebe passagens thrash e um groove sensacional, enquanto Resignation é mais um interlúdio, só que acústico.
Into the Blackest Void é a mais longa do álbum, com quase oito minutos. Bem climática e cadenciada, possui momentos de puro transe e agonizantes, sendo a faixa mais diferente do disco e que encerra o trabalho.
Após Catharsis e algumas mudanças de formação, lançou um split e mais um EP, batizado "Empiricism", de 2021, então, já está no momento de soltarem novos materiais.
Resumo da ópera: temos uma rapaziada que em nenhum momento faz questão de soar clichê ou repetitiva graças a facilidade em transitar por outros estilos.
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