Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Nesses textos, que irão a rede nos domingos, eu peço desculpas a vocês, pois todas as resenhas não terão o aspecto jornalístico a frente, mas sim relatos de um fã apaixonado por música, pois cerca de 90% das músicas desses "papos dominicais" foram trilhas da minha vida em algum momento.
E nada mais justo do que começar falando do estilo que me abriu portas para o universo do rock/metal: o hard rock, em especial sobre uma banda que merecia muito mais: o Tyketto, que num primeiro momento ficou conhecida por causa de seu vocalista, Danny Vaughn, que anos antes fez parte do Waysted, cuja música Heaven Tonight tocou muito por aqui.
Embora tenha iniciado as atividades no fim dos anos 80, ficou conhecida na década seguinte, mas assim como muitos nomes do estilo, ganhou uma espécie de "maldição", pois nos anos 90, ninguém queria mais saber do estilo e as resenhas eram execráveis, como a resenha do Vitão Bonesso (Backstage) para a Rock Brigade.
Não dá pra dizer se tratar de uma injustiça, até por que uma resenha é nada mais do que uma opinião, mas, na verdade Strenght in Numbers merecia melhor sorte. Ao começar da bela capa e produção, que ficou a cargo de Kevin Elson, que tem no currículo álbuns como "Lean Into It" (Mr. Big) e The Final Cowntdown (Europe).
Fazendo um hard mais maduro do que o feito nos anos 80, o álbum começa com a faixa título, que é pesada, com um refrão envolvente, que se destaca pelo nível técnico dos músicos, além de um trabalho de guitarras diferenciado. Rescue Me é o primeiro grande hit do álbum. Com riffs irresistíveis e uma aula vocal, onde se imagina um "cantem comigo", sendo prontamente atendido.
The End of Summer Days é um momento mais suave. Uma semi balada totalmente introspectiva e emotiva. Ain't That Love é totalmente Beatles, só que com o peso/malícia do hard e vozes potentes. Outro aspecto que deixa a canção ainda mais especial são os teclados, executados por Paul Mirkovich (Nelson).
Catch My Fall é uma das melhores do álbum. Começa bem "baladinha", mais densa que as anteriores, feita para cantar junto, com um refrão que te envolve por completo. The Last Sunset é mais acústica, enquanto All Over Me viaja pelas escolas mais antigas do rock, onde é possível dançar graças as linhas de baixo.
Write Your Name in The Sky é outro som que te prende, enquanto Meet Me in The Night é o auge do álbum. Com jeitão de trilha de novela, se destaca pelo dueto acústico/elétrico das seis cordas, além das vozes poderosas. Why do You Cry possui pegada mais bluesy, enquanto Inherit The Wind é puro hard, cheia de passagens mais elaboradas, com vozes instigantes e canastronas.
Standing Alone é uma espécie de bônus do CD. Originalmente parte do debut Don't Come Easy, vem remasterizada e que assim como todo o álbum fosse lançado em 1989, teria sido sucesso.
Um dos melhores álbuns do ano do tetra, só que assim como Double Eclipse (Hardline), Backlash (Bad English) e Badlands (Badlands) não receberam o merecido carinho dos críticos/fãs de música. Só que olhando a coisa pelo lado bom, se tem alguém falando desse disco três décadas depois, ele possui um legado inestimável.
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