quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Magüerbes: Futuro (2015/2017)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Antes de mergulharmos no aspecto técnico, vamos no lance da emoção, fazendo uma conexão com os nossos primeiros dias no rock. Afinal, quem não "entrou nessa" vendo as capas do Iron Maiden, Kiss, King Diamond e Sarcófago?

Para quem é colecionador, esse sentimento "encuba", mas não morre e me fez lembrar quando conheci o trabalho da gravadora (ainda existe?) Heart Bleeds Blue, a qual conheci/adquiri diversos trabalhos e creio ter "fechado meu ciclo" com eles adquirindo depois de quatro anos "Futuro", do quinteto de Americana Magüerbes.

Se trata de um dos vinis mais lindos do meu acervo, por ter uma capa linda, no formato gatefold, formato do encarte diferenciado, a bolacha na cor amarela em 180 gramas que orgulha a todo o colecionador.

Musicalmente não agradará os trues, mas o cara de mente aberta terá uma banda legal para apreciar. Definiria o som dos caras como um "prog urbano", pois acontece muita coisas no mix homogêneo de punk rock, new metal e metalcore dos caras.

O lado A começa com Americana que é densa, pesada, com vozes melancólicas e muitas ambiências, sendo uma forma diferente de iniciar um disco. Já a faixa título é um rock visceral, um convite ao pogo onde quando se percebe, está envolvido no som dos caras.

Fundamental é cheia dos "apitinhos", que causaram pesadelos nos trues e se destaca pelo groove e ritmo mais cadenciado. Salvar Como é mais voltada ao hardcore melódico, com algumas partes screamo bem legais, enquanto Rituais é bem eclética, unindo fãs de Charlie Brown Jr e Machine Head.

Obrigado Vida abre o lado B de forma densa e introspectiva até ganhar um final bem pesado. Sobre o Sol possui uma bateria marcante e uma letra (assim como todas do disco) bem alto astral. Já Base D'Agua é cheia de cordas limpas e aos poucos ganha momentos para agitar. 

Linha Verde é pesadona, recheada de dissonâncias e vozes swingadas e da espaço para Cara A Tempo, que é puro peso, wm mais um momento que nos faz lembrar quando o new metal era gigantesco, só que aqui tudo melhor feito e elaborado, encerrando com chave de ouro esse discaço 

"Futuro" pode tranquilamente ser chamado de clássico da música contemporânea nacional.

Link da resenha no YouTube:

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