segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Debbie Gibson: Body Mind Soul (1993)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Os quarentões e cinquentões vão se lembrar de quanto a cantora Debbie Gibson (ainda garotinha) emplacava sucessos como Lost in Your Eyes em trilhas de novelas globais e, aos 21 anos fez muito marmanjo chorar com sua apresentação no Rock in Rio em 1991, edição que entre outros, teve New Kids on The Block e Dee Lite.

Todo esse sucesso veio emplacado por álbuns como Out of the Blue, Electric Youth e Antthing Is Possible, todos com momentos bem legais. Porém, não suficientes para manter a cantora no topo. Visto que os anos 90 se caracterizaram por dar uma renovada no cast de artistas, onde infelizmente Debbie entrou no "facão".

Lançado em janeiro de 1993, "Body Mind Soul", quarto álbum da cantora marca uma espécie de ruptura, que prefiro chamar de maturidade, onde, sem perder o charme e encanto dos primeiros dias, agregou novas nuances em sua música, que musicalmente soa perfeito e que agrega diversos públicos.

A faixa de abertura do álbum, Love or Money que, apesar do pique dançante já mostra um pouco dessa mudança, em especial em algumas "camas" de voz. Já Do You Have It In Your Heart é onde a transição realmente é sentida, onde Debbie realmente mergulha no soul/R&B, em vozes envolventes e uma letra digamos, profunda.

Free Me é o primeiro ápice do disco. Com referências do house/hip hop, é feita pra dançar, com várias "pontes" antes de chegar no refrão apoteótico. Shock Your Mama, dona de um clipe bem legal, é mais uma que sugere tirar os móveis da sala e chacoalhar o esqueleto. Losin My Self já é mais "sombria" e muito legal que lembra muito as músicas "lentas" do rap dos anos 90. 

How Can This Be mostra a mão boa de Debbie nas baladas, sua marca registrada. E aqui temos uma das mais belas de sua carreira. Pianos marcantes e vozes guiadas pela emoção. When I Say No é mais um momento de mexer o corpo, assim como Little Birdie, que se torna ainda mais especial pelas camadas Soul bem sacadas.

Kisses 4 One mantém o pique dançante com muito groove e vozes grudentas (ouça o refrão), onde nem é preciso dizer que ficou magistral. Tear Down These Walls é uma das melhores músicas da cantora, pela façanha de unir os primeiros tempos de Debbie com um refrão mais épico, num instrumental onde muitas coisas acontecem.

Goodbye é uma balada emocional que é guiada "apenas" por voz/piano/teclado que foi feita para comover o ouvinte, encerrando o álbum de forma magistral, fazendo desse trabalho o melhor da carreira da moça até hoje.

Como disse linhas acima, o álbum não foi bem nos principais charts, apenas no mercado asiático. Mas Debbie quando percebeu o declínio da carreira musical, atirou em diversas frentes. Atuou como atriz, musicais, posou para a playboy e é bem ativa nas redes sociais até hoje.

Link da resenha no YouTube: 

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