quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Aske: Vol.II (2023)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Uma resenha nunca é igual a outra. E confesso que as vezes ser pego de surpresa é algo que faz valer o dia. Como na audição do segundo álbum desse duo de São Carlos, que já tem uma boa caminhada no cenário do underground.

Vendo a inspiração da capa, temos a impressão que virá pela frente um álbum de black metal tradicional, como os clássicos Black Metal (Venom), Bathory (Bathory) ou mesmo o nosso Immortal Force (Mutilator). Só que para a nossa alegria somos transportados para uma viagem que embora ríspida, pesada e agressiva, é cheia de nuances.

Impressões que aparecem logo em Sinner, que é pesada e cadenciada, com solos hipnóticos e linhas para cantar junto. No Soul to Sell é veloz, metendo os pés no nosso peito,  enquanto Music Knows to Allegiance  começa bem direta e possui vozes mais quebradas.

Represente Satanás como o título sugere, é em português e os caras se saem muito bem cantando no idioma pátrio. The Origins Of Satan começa com cordas limpas e vai ficando cada vez mais instigante. Royalist tem levadas marciais e nos leva a mente um julgamento com o veredito (óbvio) da condenação.

A Bruxa e o Cardeal é mais sombria, alternando partes diretas a outras mais introspectivas, além de ter partes cantadas em português e italiano. Eva (Tears Of Sodom) é inspirada no espírito oitentista, enquanto The Woodcutter flerta com o death metal melódico. 

O álbum se encerra com Pazuzu (Lost into a Valley of Rot), que possui um groove hipnótico muito legal, ótimas linhas de baixo e climas que vão do metal da morte ao industrial mais soturno.

Aske II é daqueles trabalhos que se destacam pelo todo. Da apresentação (capa) até a execução das canções que agradará todos os fãs de metal, exceto os que pararam no ano de 1984.

Link da resenha no YouTube:

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