Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
São poucas bandas que, logo nos seus primeiros dias conseguem desenvolver sua sonoridade, seu DNA, e uma delas é conhecida do nosso blog: o Trator BR, que é uma banda com duas décadas de estrada e soltou três álbuns de estúdio.
Mas o papo de hoje é de uma volta ao passado, sendo mais preciso lá nos idos de 2008. Época que lançaram o debut "Verde, Amarelo, Azul e Preto", que já apresentava as características marcantes do grupo: as belas capas e um jeito todo particular de fazer música extrema.
Um mix de death/thrash com afinações baixas nas cordas e muito groove é a receita vencedora do na época quinteto, que mostra as garras logo na faixa de abertura, Trator de Guerra Brasileiro. Já O Dom da Visão possui uma rifferama sensacional, que deixa tudo desesperador, enquanto Fogo Fátuo é mais veloz e brutal.
Sexta Encarnada é bem death metal e mais uma vez os riffs chamam a atenção. A porradaria tem sequência com No Comando dos Vermes é bem direta com um groove cirúrgico e Tubar Humano faz um mix interessante de grind e thrash.
Faça Amolada tem uma dinâmica interessante e uma alternância de ritmos que faz o ouvinte se imaginar nas trincheiras. Negação é o Princípio do Fim é direta e reta, como um soco no peito.
Matando a Sede com Urina começa bem trabalhada, se transforma num arrasa quarteirão. Trem Descarrilhado une momentos cadenciados e velozes, que deixa o pescoço em frangalhos, além de bem vindas passagens sludge.
Abutre Vs. Chacal é devastadora, que passa feito um rolo compressor, encerrando este excelente trabalho. Apesar da banda soar melhor hoje em dia, é muito legal ver bandas logo nos seus primeiros dias desenvolver sua própria sonoridade e mostrar para o ouvinte um som "seguro" e quem ganha com isso somos nós, fãs de música.
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