sexta-feira, 17 de maio de 2024

Crystal Ball: Virtual Empire (2002)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação

Encerrando a nostalgia Suiça aqui no blog, vamos falar de outra banda que merecia
 muito mais e não ser apenas mais uma do nicho. Falo dos talentosíssimos do Crystal Ball, em especial do terceiro álbum dos caras, Virtual Empire, lançado em 2002 via Nuclear Blast e pela Rock Brigade/Laser Company no Brasil.

A história dos caras começa lá na década de 1990 sob o nome Cherry Pie e faziam covers. Talvez percebendo o "boom" do metal melódico no Japão, trocam o nome e passam a investir em material autoral, num híbrido contagiante de power metal melódico e hard rock.

Produzido por Tommy Newton (ex-Victory) e a colaboração de nomes como Michael Voss (Mad Max/Bonfire) e Michael Bormann (Jaded Heart/The Sygnet) que são os caras que deixam uma sonoridade limpa e pesada, que beira a perfeição. 3rd Dimension é uma intro a lá Keepers, enquanto Hands Of God apresenta bumbos velozes e harmônicas do power melódico, que me fez até lembrar da primeira vez que ouvi Stratovarius...

... Já Savage Mind apresenta o diferencial dos caras: o uso do hard rock de impacto, que entrega vocalizações excelentes e um refrão super bonder. Am I Free começa com teclados, mostrando a influência de AOR e um refrão que caberia sob medida nos discos do Helloween. A faixa título possui levada neoclássica, linhas próximas do pop e um refrão de respeito.

Night and Day é mais um momento dedicado ao AOR, em especial pelos teclados a frente, no melhor estilo power ballad, onde o vocalista Mark Sweeney da um show, no melhor estilo Joey Tempest (Europe). Dance With The Devil possui uma levada selvagem, evidenciando a versatilidade dos caras, além de um refrão que trará a mente bandas como Danger Danger.

When The Night Is Over é dona de riffs pesadíssimos sem abrir mão da pegada hard, dona de teclados interessantes de fundo, onde até os exageros soam legais. Blind Side faz vir a mente as décadas de 1990/2000, quando o metal melódico estava no auge, enquanto Talk in Circles reverência os anos 80, em especial formações como Survivor.

Look in My Eyes é mais introspectiva e abre caminho para o auge do álbum: Private Visitor. Hard perfeito, com solos dobrados e linhas sacanas e cadenciadas, feito para dançar, em especial no refrão. Find Your Ground possui uma ótima combinação de guitarra/teclados, naquela canção que vai crescendo, fundindo perfeitamente hard/AOR/power metal.

Difícil dizer, talvez pela quantidade de lançamentos da época a galera não tenha dado a merecida atenção ao quinteto, que ainda soltou mais alguns trabalhos por aqui. Vale dizer que o Crystal Ball ainda está na ativa, com algumas mudanças de formação e com um som levemente mais melódico, cujo último registro é o álbum Crysteria, de 2022.

Link da resenha no YouTube: 

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