Por João Messias Jr.Imagem: Divulgação
Hoje o papo vai girar em torno dessa banda que em 2024 completou duas décadas de caminhada e já possui três álbuns de estúdio lançados em um intervalo de sete anos entre eles, onde escolhi o segundo trabalho dos caras, "Floresta Armada", para a nossa conversa de hoje.
Lançado em 2015, o álbum começa chamando a atenção pela belíssima capa e musicalmente pode ser considerada uma das mais singulares em se tratando de metal extremo. Mesclando o death/thrash com pitadas de groove/hardcore, permeado por toques jazzisticos, tudo feito de forma homogênea, além do conteúdo lírico fora da caixa, que abrange política, guerras e conscientização ambiental.
Trucidado com Colher é a faixa de abertura, que tem o extremismo musical descrito acima, com um baixo bem marcante (olha o jazz aí), enquanto Fome Animal é mais cadenciada e recebe poucos momentos velozes, que são bem esmaga crânio.
Water Is War possui um começo lento e morbido, influenciado pelo death/doom da década de 1990, que em seu decorrer ganha passagens rápidas e mortíferas. Já a faixa título é veloz e avassaladora com algumas paradinhas mortais. Influenciada pelo thrash, evidência duas certezas: se trata da melhor faixa do disco e que seu pescoço jamais será o mesmo.
Já é Jacaré é mais direta com uns riffs bem sacados e PQP é totalmente insana. Megera do Inferno é o momento dedicado ao Mosh, com umas quebradas voltadas ao jazz, além de remeter o ouvinte a bandas não convencionais como o Neurosis.
Ferroadas possui muito groove/velocidade e apesar de ter menos de um minuto e meio, surpreende pela quantidade de variações. Jazz no Maligno é bem obscura e densa. Cheia de Groove e que proporciona uma vontade enorme de bangear. Tudo bem caótico e com vozes inusitadas, além de receber um final com mudanças rítmicas sensacionais.
Mais uma evidência que o metal extremo feito no Brasil é excelente e o melhor do mundo. A banda só só não pode levar mais sete anos para soltar outro trabalho. Na torcida para que quebrem essa tradição.
Link da resenha no YouTube: https://youtu.be/HgJlBsmieIw
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