quinta-feira, 28 de março de 2024

Jethro Tull: Aqualung (1971)

Por João Messias Jr. 
Imagem: Divulgação 

Para quem está vendo esse blog pela primeira vez, a criação desse foi motivada para criar versões escritas das resenhas do meu canal do YouTube, que neste mês de março comemorou seu quarto aniversário. 

Numa forma de fazer algo diferente e especial, resolvi buscar algo nas origens do estilo, onde comecei falando de blues, com o Urublues e agora vamos a um clássico do que se enquadra no rock progressivo, que, independentemente da praia, é um clássico, estou falando de Aqualung do Jethro Tull.

Esse é o quarto disco da banda, lançado em 1971, grupo capitaneado pelo emblemático vocalista/flautista Ian Anderson e que teve em suas fileiras um tal de Tony Iommi, que depois fez história com o Black Sabbath.

Antes de falarmos das faixas, algumas coisas merecem ser ditas: a primeira é que apesar dos elementos, o Jethro Tull não é uma banda puramente progressiva e meus amigos, não se prendam a faixa título, pois o disco tem muito mais...

... Aqualung (o álbum) começa com a poderosa e lisérgica faixa título. Dona de momentos calmos e pesados, chama a atenção pelo mix de estilos (prog, rock, country, folk), tudo de forma homogênea.

A seguinte é outra conhecida do público, Crossed Eyed Mary, que mostra uma outra faceta da banda: os arranjos grandiosos e toques cinematográficos, com um Hammond esperto marcando a canção, com vozes vigorosas e claro, muitas flautas e guitarras.

Cheap Day Return é um interlúdio de clima irlandês e Mother Goose começa bem na mesma vibe da faixa anterior, bem intimista, com deliciosas linhas de voz e violão. Wond'Ring Around é outro interlúdio de muita beleza e o Lado A se encerra com Up to Me que é um mix de folk/celta, com Anderson fazendo vozes mais chorosas, num som cheio de climas, além de um leve ar lisérgico.

My God abre o Lado B com a faixa mais longa do álbum (cerca de sete minutos), que começa mais intimista e aos poucos ganha peso e ótimas linhas de voz, que são melodiosas e raivosas. Onde temos na mesma canção progressivo, música celta, cantos gregorianos e um ritmo apoteótico.

Hymn 43 é um rockão comandado por Hammond e experimentações aqui e ali, enquanto Slipstream é mais um interlúdio do disco. Locomotiva Breath começa bem bluesy e vai ficando pesadona, com vozes envolventes e um clima instigante.

Wind Up é a saideira do disco e começa bem emocional com voz e piano, numa ótima levada, feita pra cantar junto. Só que esse momento bonitinho fica pelo caminho e se transforma num rock daqueles até tomar o ritmo inicial.

Um disco excelente, com uma sonoridade que continua atual , onde cada um dos quarenta minutos são prazerosos e que com certeza continuará sua atemporalidade por mais cinquenta anos, no mínimo.

Ah....e quem puder, assista os caras nesse mês de abril!

Link da resenha em vídeo: 

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