Imagem: Divulgação
Quem segue os vídeos do canal, sacou que em janeiro deste ano, foi feita a primeira parte deste tributo feito a uma das bandas mais cultuadas da música extrema mundial: os baianos da Headhunter DC.
Lançado pela Mutilation Records, o Tributo foi lançado em dois volumes, com dezessete bandas de sete países diferentes cada CD, onde tranquilamente trata-se de uma das maiores homenagens feitas a uma banda underground.
Antes de falarmos das faixas, vale falar do projeto gráfico. Assim como no volume 1, que contou com depoimentos do vocalista Sérgio "Ballof" Borges e algumas palavras do icônico Jeff Becerra (Possessed), aqui temos declarações do guitarrista do grupo na época, Paulo Lisboa e Fernan Nebiros da banda peruana Mortem.
Uma curiosidade desta parte em relação a primeira, é que aqui temos quase em totalidade bandas brasileiras, que iniciam os trabalhos. O Escarnium abre o álbum com And The Sky Turns to Black, faixa homônima do terceiro álbum dos caras. Apesar da fidelidade em relação a original, trouxeram algo mais refinado e com momentos doom matadores.
Seguindo, temos o Divine Pain com Bloodbath, extraída do segundo álbum "Punishment at Dawn" que é um show a moda antiga do death metal. Mais uma banda antiga na área. Do norte do Brasil, temos a Disgrace and Terror, que foi no primeiro álbum dos caras, "Born Suffer Die", e extraiu de lá Benath The Hate, que faz com maestria o death metal raiz: brutal, trampado e sem mimimi.
O momento agora é dedicado a uma das melhores bandas death atuais: o Vulture com God Is Dead. Extraída de um dos álbuns mais representativos da banda, "God's Spreading Câncer" e nem é necessário dizer que o resultado ficou sensacional. O álbum "And The Sky Turns to Black" foi revisitado novamente em Falling in Perdition, que chama a atenção por ser um pouco mais lenta e mórbida em relação a original, sem deixar a brutalidade de lado.
Extraída de um split com a banda Sanctifier, música Hymn to Babylon foi executada pela banda Apocaliptic Raids, que não deixaram pedra sobre pedra em nossos pescoços. Outra banda veterana fez muito bonito aqui. O Pathologic Noise levou Searching for Rotheness do "Punishment at Dawn
", que ficou sensacional.
Os baianos do Incinerador voltaram aos tempos do primeiro álbum, e nos faz refletir que quem não curte death metal, bom sujeito não é. Ainda no Nordeste, temos o Siege Of Hate, ou apenas S.O.H., que chama a atenção para a sua versão em God's Spreading Câncer. Oriundos do grindcore, o trio deu uma pegada nessa vibe no som, sem abrir mão da pegada death.
O Inside Hatred mandou uma ótima versão para Eternal Hatred. Interessante citar que a música acabou inspirando um selo de mesmo nome que lançou diversas bandas, inclusive o Headhunter DC. Outra banda que fez algo magnífico aqui foi o Obskure com Deadly Sins Of The Soul. Os caras pegaram um dos temas mais trampados de "Punishment at Dawn" e fizeram a melhor versão do tributo.
A banda de Brasília Seconds of Noise deixou tudo brutal e direto novamente em Open Yout Eyes, enquanto os magníficos do Eternal Sacrifice deram uma cara ainda mais maléfica e climática para Contemplation to The Firme, principalmente nos vocais de Anton Narberius, que rouba a cena aqui.
Outra banda veterana, o Deformity BR fez maravilhas em From Dream to Nightmare, uma pancadaria death com passagens doom e solos de cair o queixo. A única banda gringa do CD, o Necroccultus deram um toque ainda mais morbido em Abortion Of Souls e o Facada (instituição do grind nordestino) nos proporciona caos e desespero em Disunited.
O tributo se encerra com os baianos do Ketter com Long Live to death Cult, onde reforçam o nosso compromisso com o "metal da morte", que se depender de mim e desse álbum, será propagado para várias gerações ainda.
Sem puxar o saco, o tributo é uma das melhores homenagens feitas a uma banda "viva" que por sua musicalidade já faz por merecer um patamar ainda maior.
Link da resenha em vídeo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário