Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
A iniciativa de bandas extintas se reunirem em estúdio para regravaram seus antigos sons e, dessa forma dar um acabamento justo, assim ficar em pé de igualdade com os lançamentos atuais soou extremamente valida para esse quarteto do ABC paulista.
Não se trata de um retorno, mas antes da resenha, vale voltar um pouco no tempo.. Surgida nos meados dos anos 80, sob o nome de Sepulchral e, durante o período em que ficou ativa, lançou duas demos e ainda possuía material não lançado, até que em 2022, resolveram regravar não apenas este material, mas o conteúdo das demo tapes.
Junior Zeni (guitarra/vocal, Blood Ocean) e o batera multi bandas Edu Nicolini (Ação Direta, Anthares, Voodoopriest), além da colaboração do baixista Galo (Ação Direta, Ulster) foram os responsáveis pela nova vida desses sons. Em comparação ao antigo material, praticamente não houve mudanças, exceto a produção e o nível dos músicos ser muito melhor hoje.
Musicalmente, o material bebe na fonte do thrash americano oitentista, onde temos um instrumental bem trabalhado e vozes bem cruas, além de melodias inspiradas e muitas mudanças de andamento.
O álbum começa com uma intro, que é bem baseada no que era feito nos anos 80, com dedilhados e um ar caótico, que abre terreno para a faixa título, que é uma pancadaria trampada e variada, que os fãs da época piravam, sem esquecer da agressividade e solos sensacionais.
Lethargy mostra aquele trampo primoroso que só quem viveu a época tinham. Já Useless Life se caracteriza por dedilhados sensacionais. Curse Behind Your Fear tem aquela saudosa veia do metal tradicional, que aos poucos abre espaço para momentos trampando e viradas bem sacadas de bateria.
Procreation Of Dissesse começa cadenciada e recebe velocidade sem abrir mão das passagens trabalhadas (algumas bem quebradas inclusive), além de backings bem legais, inclusive bem agressivos.
A reta final do álbum começa com Rotten Hypocrities recebe aquelas paradinhas mortais e muitos momentos "air guitar" e Live With Lies possui uma rifferama de quebrar os dedos e um show de guitarras, ora com solos esmerilhado e outros mais alavancados e backings fodasticos.
Resumo: um disco legal pra cacete e vamos torcer para que os caras se reúnam para alguns shows para celebrar esse momento e dar um fim digno (ou um novo começo) a trajetória do grupo.
Link da resenha em vídeo:
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