segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Sugar Kane: Continuidade da Máquina (2003/2023)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Resenhar o terceiro álbum dos curitibanos do Sugar Kane me faz lembrar o cenário musical do século 21, onde estilos distintos como o power metal melódico e uma corrente musical igualmente melódica, mas para os lados do hardcore/poppy punk/emocore vivia um dos seus períodos mais frutíferos.

Um dos nomes mais relevantes era o Sugar Kane, que no ano de 2003 soltou o álbum "Continuidade da Máquina", trabalho que duas décadas depois ganhou uma versão em vinil pelos selos Läjä Records e Forever Vacation Records.

Um trabalho que na versão bolachona ficou muito caprichada, vinil 180 gramas transparente, uma remasterização que deixou o som orgânico e pesado, tudo perfeito né? Claro que não, com tanta coisa feita, acabaram deixando passar algo inaceitável: a ausência de um encarte.

Tirando a leve decepção, vamos as músicas do trabalho, que começa com Janeiro, que mescla cordas limpas a vozes mais melancólicas, e abre caminho para Estou Cansado , que é bem visceral e hardcore, dona de riffs legais e uma letra inspirada. 

Por Vir já é na vibe do hardcore melódico, numa levada pra todo mundo cantar junto, enquanto Velocidade, que como o nome sugere, é bem veloz e empolgante. Correr ou Lutar é bem poppy punk, puro super bonder, alem de ter guitarras sensacionais.

Deixe os Sonhos é uma das faixa bônus da versão  LP, que é um som mais pesado, com guitarras bem legais, encerrando o primeiro lado do vinil. O segundo lado começa com A Máquina, dona de muito groove, onde nos contagiamos de forma imediata.

Minha Liberdade possui vocais mais agressivos e riffs que esbarram no metal tradicional. Meus Amigos tem um refrão melódico daqueles e Reviver possui jogos de vozes interessantes e um sincronismo instrumental que coloca muita banda prog no bolso.

Despedida é bem poppy punk que mantém as coisas nas alturas, enquanto Harmonizar possui um jogo legal das seis cordas e vocais viscerais. As faixas seguintes, Passo Errado e Sara Thompson são as outras faixas bônus, sendo que a primeira é um arrasa quarteirão com mais um show de guitarras e a segunda é curta e direta.

A banda passou por idas e vindas e recentemente fez uma tour comemorando duas décadas do álbum, além de ter soltando alguns singles, dentre eles Dormi no Chão, que conta com a participação de Badaui (CPM22).

Sou suspeito pra falar, mas "Continuidade da Máquina" é o retrato fiel de um dos grandes períodos dessa vertente musical, que teve nomes pra lá de relevantes como Street Bulldogs, Hateen, Fresno, Running Like Lions, entre outros.

Link da resenha no YouTube:

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