domingo, 8 de setembro de 2024

Dream Theater: Awake (1994)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Quem viveu a década de 1990,  lembra do barulho feito pelo Dream Theater com Images And Words com o seu prog metal, que transitava com qualidade e naturalidade do thrash ao pop, como mostra os vídeos de Take The Time, Another Day e principalmente Pull Me Under onde posso dizer que fizeram um "estrago" por aqui. Aí eu pergunto: como manter o sucesso?

Os caras se esforçaram e chegaram perto em Awake, que apesar de manter a linha característica do quinteto, trouxe sutis e marcantes mudanças. Ao começar da produção, onde trabalharam com a dupla John Purcell/Duane Baron, que deixaram as coisas mais densas e pesadas, além de ter sido a primeira experiência do guitarrista John Petrucci com uma guitarra de sete cordas.

Resumindo: a banda ficou mais pesada, progressiva e menos pop, soando menos comercial, como escutamos na abertura em 6:00, que abre caminho para Caught in a Web, que em meio a fritação, recebe um refrão superpop/emocional naquele tipo de som que te envolve.

Innocent Faded começa com solos bem hard rock e linhas de voz mais densas e envolventes, enquanto A Mind Beside It Self é uma suíte com dois momentos: a instrumental Erotomania e Voices, que se destaca pelas complexidade e um refrão mais épico. The Silent Man é uma das faixas de promoção do álbum e é bem diferente das demais. É uma balada acústica com uma incrível atuação de James LaBrie, que usa tons mais graves.

The Mirror tem uma rifferama a lá Pantera com uma dinâmica instrumental interessante, enquanto Lie, dona de um vídeo bem legal tem um groove muito legal, além de muito jazz/soul. Lifting Shadows of a Dream começa bem pop , com um refrão que arrebata multidões. Scarred é dona de onze minutos, onde temos momentos pesados, virtuosos de forma homogênea.

Space Dye Vest, que encerra o álbum é totalmente sombria e emocional, onde temos predominância dos teclados e vozes mais densas de arrepiar.

Definitivamente não bate Images And Words, mas chega perto, embora seja necessário algumas audições para ser compreendido, mas resolvido esse "problema", estamos diante de um excelente álbum. 

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