terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Sevo: Aurora do Triunfo Heretiko (2022/2023)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação

Antes de mergulharmos no aspecto histórico, vamos de uma frase que, embora clichê, é pertinente para está resenha: "É nos pequenos frascos que estão os grandes perfumes".

Descrição que bate perfeitamente com o Sevo, banda lá do Ceará que, apesar dos seus mais de vinte anos de estrada, lançou apenas entre os anos de 2022/2023, o primeiro "Full" da carreira.

Lançado via Black Hearts Records, com distribuição da Metal Army, "Aurora do Triunfo Heretiko"  é uma surpresa aos fãs de música extrema. Embora rotulada como death metal, a música do hoje quarteto tem muito mais a mostrar. 

Composto de oito sons, o álbum abre com Azazel Verte, que é uma intro tétrica, que abre caminho para Renascimento em Sodomia, que é bem brutal e apresenta partes mais cadenciadas, além de belos momentos doom.

Apoteose da Extinção Clerical é de início mais tétrico, recheada de passagens trampadas que vão do thrash ao doom, até ficar nesse último, com vozes assustadoras, indo do gutural ao pig squeal.

Sacramento em excrementos começa veloz e brutal e recebe passagens mórbidas até climas que beiram o black metal, solos "slayerizados" até retomar o ritmo inicial.

Divina Decadência começa mais voltada ao doom e que de forma mais abrupta ganha velocidade e momentos mais trabalhados. Isso sem contar que durante seus oito minutos temos passagens doom e black com solos inspirados no technical death metal.

Apodrecido Encanto de Salvação Decadente é brutal com partes que nos induzem ao mosh, além de momentos cadenciados. 

O álbum vem chegando na reta final com Expurgo Impuro Sobre a Escória Incalculável que é mórbida e aos poucos ganha uma bateria veloz até retornar ao clima mais moribundo.

A faixa título da números finais ao trabalho, onde teclados fúnebres se fundem com um ritmo mais brutal até chegar ao doom coroando esse belíssimo trabalho do hoje quarteto cearense.

Foram mais de vinte anos até o primeiro Opus, mas foi uma estreia primorosa onde tudo foi pensado, desde as etapas de gravação, arte e o mais importante: a música

Link da resenha em vídeo:

https://youtu.be/oHROLXp9qjI

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dirty Grave: Sin After Death (2019/2024)

Por João Messias Jr. Imagem: Divulgação   São onze anos de estrada deste trio, que começou as atividades no interior de São Paulo e hoje est...