Uma sabia decisão de terem compilado esse material em vinil, dedicando cada lado a um dos trabalhos e mostrando como a música dos caras são atemporal. Sem abrir mão do hardcore do início de carreira, o quarteto abriu o leque de referências e hoje temos momentos que vão do alternativo, industrial, pop, sludge e post metal, mix pesado, hipnotizante, tendo como um dos diferenciais as letras mais existenciais e reflexivas.
O lado A tem início com Teorema de Diaboras, que une as batidas mais retas do hardcore com climas mais apocalípticos, enquanto Meu Bom Humor Não Cabe Além do Meu Sofá é mais minimalistas. Já Cavalo de Prata é mais perturbadora com toques bem experimentais. Elevador remete o ouvinte a bandas como Queens Of Stone Age e Lagrimarábica é bem contagiante com um que do pós punk oitentista.
Passou o Temporal é desesperadora com uns climas etéreos, encerrando o primeiro lado do vinil. O segundo lado começa com Dentes que é quebrado a e pesada, assim como a seguinte, Sujeira Particular. Que Nem Caetano é perturbadora, enquanto Mar Gelado lembra bandas como Mastodon. O disco se encerra com A Menina que Roubava Vidas que faz um mix interessante de Doom com aquelas cadências noventistas, sendo um elo entre o Crowbar e Radiohead.
Um belo álbum de uma banda que merecia figurar no mainstream do rock nacional, por ser original, criativa e o mais importante, com algo a dizer, sem ficar militando ou idolatrando gringo.
Link da resenha no YouTube: https://youtu.be/QIYnmR-DlYc
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