Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Foram exatos trinta e dois anos de espera para um novo álbum dos thrashers gaúchos do Leviæthan, que foi uma das bandas que mais ouvi na minha adolescência, em especial o álbum "Smile", lançado em 1990.
E a minha história com a banda não fica por aí. Cheguei a ver um show da banda nos anos 2000, numa apresentação única onde o vocalista Flávio Soares (responsável pelo baixo), apenas cantou, por estar com o braço engessado. Além deste que escreve pra vocês ter a capa do debut marcada na pele.
E passadas três décadas, o que esperar desse novo registro dos caras? Natural que soará bem diferente e felizmente pra melhor. As impressões iniciais já animam, desde o projeto gráfico, excelente, um slipcase com pôster e uma capa forte, uma ótima produção que não deve nada a dos grandes nomes do estilo.
Quanto ao som, o hoje trio continua afiado, com um som que evoluiu muito e está mais agressivo e mortífero, como ouvimos em Hell Is Here, que abre o álbum. Thrash Your Brain (nome de uma demo clássica da banda), que como o título sugere, invade o cérebro. Já Drugslave tem excelentes riffs, aquela batida seca e vocais caóticos. Recomendo usar um Bálsamo Bengue após ouvir esse som.
Lord of the Wars mantém a pegada agressiva com vozes desesperadoras. Humanimal aposta na velocidade, enquanto The Time Hás Come (Yours) apresenta riffs em cima de riffs e vozes "atropelando tudo", que remete o ouvinte aos primeiros tempos do grupo.
Demigod começa com uma levada inspirada na Bay Área e um ritmo mais cadenciado que achamos ser a hora do respiro. Ledo engano, pois a coisa vai ficando veloz e insana. Endless Lie é dona de uma levada bem trabalhada que depois ganha passagens que são necessárias mais doses daquele Bálsamo.
Já a faixa título é aquele momento que ganha o bangers, por ser aquele momento com cheiro de palco que abre caminho para a saideira do álbum, Darkside, que possui paradinhas mortais, bumbos velozes e um refrão arrebatador.
Um puta disco, que valeu cada um dos anos de espera. D-Evil In Me bate Disturbing Mind, de 1992 e fica no mesmo patamar do já citado Smile. Só não podem levar mais de três décadas para lançarem outro álbum.
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